O BCC destina-se à formação profissional, conforme os princípios explicitados na LDB,  nas Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos da área de Computação apresentadas na  Resolução No 05/2016 – MEC/CNE/CES e, considerando também o documento construído no  âmbito da Sociedade Brasileira de Computação, bem como as normas vigentes na UNEMAT e  as necessidades emergentes do Estado de Mato Grosso. Nesse sentido, a proposta  metodológica apresenta como princípio de formação profissional a compreensão da  Computação como Ciência e Tecnologia:  • em suas bases epistemológicas e de aplicação humana;  • para análise e interseção em situações em que a Computação possa ser inserida;  • para a pesquisa e desenvolvimento no campo multidisciplinar;  • para o exercício profissional nos diversos campos e possibilidades de atuação.  Buscando aliar objetivos com as ações formativas e balizar a construção tanto  metodológica quanto curricular, por meio de sucessivas reuniões pedagógicas ocorridas em  2019, o corpo docente deste BCC definiu as seguintes linhas formativas para os egressos deste  curso:  • Segurança e Redes Computacionais;  • Empreendedorismo e Inovação Tecnológica;  • Sistemas Computacionais;  • Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação.

As áreas de atuação do egresso estão vinculadas com as linhas formativas: Segurança e  Redes Computacionais, Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas, Sistemas  Computacionais e Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação.  A formação em Segurança e Redes Computacionais permitirá ao egresso atuar na  inovação, planejamento e gerenciamento da informação e da infraestrutura humana,     financeira e tecnológica de suporte, administração, consultoria e assessoria, desempenho e  segurança de redes e sistemas computacionais. Neste sentido, o egresso com essa formação  poderá atuar como:  • Gerente de Projeto de Redes - Responsável pelo projeto e planejamento implantação  de redes computacionais, pela infraestrutura de tecnologia da informação e  comunicação, bem como pela gestão de equipes e recursos;  • Administrador de Redes - Profissional responsável pela gestão do ambiente de  infraestrutura e serviços de redes computacionais corporativas;  • Analista de segurança da informação - Responsável pelo projeto e operacionalização da  política e soluções corporativa de segurança da informação nas organizações;  • Consultor de tecnologia em segurança e redes computacionais - Profissional que atua  no mercado, ou em grandes corporações, cuja atividade principal consiste em projetar,  fazer diagnósticos, serviços de consultoria, na área de segurança e redes  computacionais;  • Empreendedor - Profissional que planeja e implanta um negócio próprio na área de  segurança e/ou redes computacionais, gerando empregos e desenvolvimento para a  região;  • Pesquisador - Profissional que atua na pesquisa e/ou docência na área de segurança  e/ou redes computacionais.  A linha de formação em Empreendedorismo e Inovação Tecnológica tem por objetivo a  formação sistêmica e consistente de empreendedores, gestores, pesquisadores e acima de  tudo inovadores. A formação permitirá ao aluno ampliar de maneira sólida os conhecimentos  da área, identificando novas oportunidades, gerindo, negociando e mobilizando conhecimento  e competências tecnológicas para criação de negócios, produtos e serviços criativos e  inovadores. Essa formação tem como ênfase a geração de novos empreendedores com visão  de futuro e atualizado com os avanços tecnológicos. Deste modo, uma lista não exaustiva de  possíveis atividades de atuação é apresentada na sequência:     Empreendedor - Profissional que abre e gerencia seu próprio negócio para atender  demandas de mercado;  • Consultor de empreendedorismo e/ou inovação tecnológica - Profissional que atua no  diagnóstico e formulação de soluções acerca de atividades relacionadas ao  empreendedorismo e/ou inovação tecnológica;  • Pesquisador na área de empreendedorismo e inovação tecnológica - Profissional que  atua na pesquisa e/ou docência na área de Empreendedorismo e/ou inovação  tecnológica.  A formação em Sistemas Computacionais permite que o egresso tenha amplo espectro  de atuação, podendo atuar como:  • Arquiteto de software - Desenvolve modelos para os sistemas computacionais e define  a infraestrutura necessária para que o software opere corretamente;  • Gerente de Desenvolvimento de Sistemas - Responsável pelo processo de  desenvolvimento de software, considerando as fases de desenvolvimento do produto,  coordenação das equipes e planejamento do desenvolvimento;  • Analista de Sistemas - Profissional responsável pelo levantamento de requisitos e  projeto do sistema;  • Programador - Responsável pela codificação das soluções;  • Empreendedor - Profissional que planeja e implanta um negócio próprio na área de  desenvolvimento de sistemas computacionais, gerando empregos e desenvolvimento  para a região;  • Pesquisador - Profissional que atua na pesquisa e/ou docência na área de sistemas  computacionais.  O egresso terá domínio das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC)  para atuar como:  • Assessor de gestão de informação e comunicação em processos formativos nos mais  diversos tipos de instituições;    • Consultor de TDIC para soluções em EaD, e-learning e m-learning;  • Desenvolvedor de materiais tecnológico-didático-pedagógico digitais;  • Desenvolvedor de software educativo voltado para o entretenimento;  Neste Projeto Pedagógico, a relação teoria-prática é entendida como principal eixo  articulador da dinâmica de aprendizagem. Relacionar os conhecimentos teóricos e o  saber-fazer é um desafio que deve ser colocado constantemente para os acadêmicos, no  contexto do aprendizado da computação. Essa proposta pedagógica pretende utilizar como  marco teórico-metodológico a concepção de educação como processo de construção de  conhecimento, enfatizando o vínculo entre teoria e prática, a articulação entre ensino,  pesquisa e extensão, a interdisciplinaridade, a formação do pensamento crítico e reflexivo e a  formação contínua.

As habilidades e competências do egresso são aprofundadas em relação a Segurança e  Redes Computacionais, o Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas, a Sistemas  Computacionais e as Tecnologias da Informação e da Comunicação.  A formação específica e sólida em Computação deve estar aliada às habilidades  desenvolvidas nas práticas laboratoriais, nos projetos orientados e nos estágios  supervisionados. Esse viés prático que os habilita a modelar, a analisar e a resolver problemas  da área de Computação, tem por objetivo o domínio e a utilização de diferentes tipos de  ferramentas. Concomitantemente, a formação humanística objetiva complementar a  apropriação dos instrumentos metodológicos e técnicos por parte dos egressos, e aplicá-los  com maturidade, ética e senso crítico.  O saber fazer estabelece a relação entre a teoria, a tecnologia e a prática profissional  do egresso, exigindo a aplicação de metodologias ativas baseadas na solução de problemas  computacionais, objetivando e incentivando o discente a propor soluções inovadoras.  O estudo teórico de problemas associados com as práticas do saber fazer e o  aprofundamento em relação às linhas formativas, deverão desenvolver habilidades para:    • Trabalho em equipe;  • Comunicação na forma oral e escrita;  • Gerenciamento de tempo;  • Proposição de inovações criativas e empreendedoras;  • Resolução de problemas que tenham solução algorítmica, considerando os limites da  computação;  • Desenvolvimento de sistemas computacionais que atendam qualidade de processo e  de produto, considerando princípios e boas práticas de engenharia de software;  • Desenvolvimento de projetos de qualquer natureza em equipes multidisciplinares;  • Aprendizagem contínua e autônoma sobre métodos, instrumentos, tecnologias de  infraestrutura no domínio da aplicação computacional;  • Desenvolvimento de estudos avançados visando a construção do conhecimento  científico e tecnológico da computação;  • Capacidade de desenvolver Tecnologias da Informação e da Comunicação em pesquisa  aplicada;  • Conhecimento para desenvolver, operar e avaliar softwares educacionais, de  entretenimento, bem como tecnologias assistivas em diversas áreas de conhecimento;  • Elaboração, produção e avaliação de projetos que envolvam TDIC aplicados na EaD;  • Assessoria às instituições de ensino na construção de propostas pedagógicas que  utilizem TIC, considerando as perspectivas multidisciplinar, interdisciplinar e  transdisciplinar do conhecimento;  • Elaboração, produção e avaliação de projetos de inclusão digital;  • Coordenação e participação em Programas de Educação que envolvam diferentes  métodos de aprendizagem utilizando tecnologias digitais;  • Ser capaz de compreender e executar projetos de redes computacionais, bem como  especificar novos esquemas e projetos;    • Instalar e configurar dispositivos computacionais que estejam isolados ou ligados em  redes, bem como periféricos e softwares;  • Implantar, configurar, administrar, analisar e avaliar soluções para redes  computacionais, segurança e seus serviços;  • Programar utilizando linguagens de programação usadas no mercado de trabalho em  soluções que envolvam a administração das redes computacionais e soluções de  segurança;  • Agir diante de situações de mudança, observando com uma visão de futuro,  flexibilidade, ética, capacidade de adaptação, às necessidades gerenciais das  organizações e a capacidade de abertura às novas oportunidades;  • Pesquisar, documentar e defender proposições técnico-científicas utilizando  metodologias e procedimentos acadêmicos.  Considerando especificamente as linhas formativas apresentadas, este PPC visa formar  profissionais com:  • Capacidade de raciocínio lógico, crítico e abstrato;  • Capacidade de empregar conhecimentos da área das Ciências Exatas (matemática,  física, ciência da computação) na oferta de produtos e serviços;  • Habilidade para aprender a aprender, o acadêmico necessita estar sempre aprendendo  para se manter atualizado, para isso, a pesquisa está fortemente relacionada com o  auto aprendizado;  • Habilidade para pesquisar e viabilizar recursos de software para várias áreas de  conhecimento e aplicação;  • Capacidade de avaliar de forma consistente e com fundamentação teórica as  atividades e produtos desenvolvidos;  • Habilidade de desenvolver através de atividades de leitura e discussão de temas, a  elaboração de painéis e ensaios de trabalhos científicos na área;    • Habilidade de se expressar bem de forma oral ou escrita usando a língua portuguesa,  em sua norma formal, por meio da elaboração e apresentação de projetos, relatórios e  monografias;  • Habilidade para pensar e propor soluções inovadoras que transformem a realidade do  seu entorno, gerando empregos e recursos.  Desta perspectiva, as habilidades e competências desenvolvidas ao longo do curso  incidem no resultado de uma formação obrigatória, consequentemente, comum a todos os  acadêmicos.

O conhecimento do acadêmico é construído pela mediação e não acontece apenas nos  limites de uma sala de aula. Compreende-se que o papel do docente é justamente o de  mediar, intencionalmente, a relação entre o acadêmico e o objeto de estudo. Tem, portanto,  uma especificidade a ser respeitada, trata-se de um profissional a serviço da orientação e  condução do processo de aprendizagem a partir de uma metodologia que favoreça a  construção de sujeitos autônomos, hábeis e competentes. Nessa dinâmica, o envolvimento  com a pesquisa e a extensão é essencial.  Este BCC visa ao desenvolvimento pleno de seus acadêmicos como futuros  profissionais qualificados nas áreas que envolvem tecnologias, objetivando com suas  atividades sociais e complementares propiciar uma sistematização de conhecimentos que  possam ser incorporados, de forma duradoura. Visa também à formação de profissionais  como agentes transformadores da sociedade, compreendendo que a atuação profissional  requer uma maior compreensão da realidade a sua volta, bem como, à aproximação entre  docentes, discentes e a comunidade externa, integrando ensino, pesquisa e extensão,  extrapolando os limites tradicionais da formação profissional e multiplicando os espaços das  práticas educativas, fechando lacunas onde a tecnologia pode ser aplicada.